Os estudos já duram mais de 10 anos e o projeto é liderado pela Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso.
Companhias agrícolas do norte de Mato Grosso querem usar a BR-163, a Cuiabá-Santarém, para chegar com a produção até o Porto de Miritituba, no município de Itaituba, oeste paraense. De lá, os grãos seriam embarcados em balsas até o Porto de Santana e seguiriam em navios graneleiros para o mercado internacional.
A operação é de alto custo, calculada em R$67 milhões, distribuídos entre logísticas de transporte e armazenamento.
No Porto de Santana, um contrato de uso e ocupação do solo vai permitir a construção de três silos, cada um com capacidade de estocar 18 mil toneladas de grãos.
A previsão é começar a obra ainda em fevereiro e concluí-la em junho. A razão que explica tamanho investimento é a localização do Porto no Norte brasileiro, mais próximo da Europa e da Ásia, via Canal do Panamá. Existem também vantagens financeiras como isenções fiscais e a economia de R$20 em cada tonelada transportada, segundo cálculos da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, em comparação aos Portos de São Paulo e do Paraná, usados hoje para escoar os grãos.
Uma das últimas fases do projeto de uso do Porto de Santana para exportação de grãos é a construção de um terminal graneleiro. A companhia interessada no negócio já adquiriu as terras para a construção, que ficam do outro lado do Rio Amazonas, na Ilha de Santana.
O novo corredor de exportação deve fazer os primeiros embarques de milho em novembro. A expectativa é que em 2013 já seja possível embarcar também a safra de soja.
Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 16 de fevereiro de 2012.
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