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Fertilizantes encarecem em MT e deixam lentas as vendas para safra


Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012 - 09h46

A passos lentos. É desta forma que caminha a comercialização de fertilizantes para a próxima safra de soja em Mato Grosso, marcada para começar no segundo semestre. Ainda de olho na colheita do ciclo 2011/12 da oleaginosa e da semeadura do milho safrinha no estado, os agricultores estão cautelosos para concretizar os negócios. À realidade insere-se também o aumento de 19% nos preços dos itens na comparação com janeiro do ano passado, o que tem feito muitos aguardarem o melhor momento para iniciar as aquisições. A maior parte dos produtores espera que os preços baixem a partir dos próximos meses. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), na comparação janeiro 2011 a janeiro de 2012 os preços cresceram 19% e exigiram do produtor o investimento de estimados US$610,00 por cada hectare. "Este é um período que o mercado [da comercialização] esfria naturalmente. Talvez o produtor possa esperar de qualquer forma se achar que o recuo nos preços vai ser um bom negócio. É ficar de olho no dólar", destacou Daniel Latorraca, gestor do Imea. Em Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, Laércio Pedro Lenz ainda não comprou os produtos que utilizará para cultivar 900 hectares de soja. Lenz, que também é presidente do Sindicato Rural do município destaca que na região muitos produtores ainda estão apenas sondando junto às revendas o quanto vão gastar, mas os negócios ainda não começaram. O aumento com os custos para adquirir os produtos também foi sentido pelo setor. "Hoje há troca de 24 a 25 sacas de soja por tonelada de adubo. Ano passado, você comprava por 21 sacas ou 22 sacas. Em relação ao preço da soja, estávamos comercializando na faixa de R$40,00 em janeiro de 2011 e hoje estamos a R$35,00. O fertilizante, que custava US$560,00 passou a US$610,00", salientou Lenz. A baixa comercialização também é verificada nas empresas do ramo. Em Campo Verde, a 139 quilômetros de Cuiabá, o gerente comercial Clébio Pablo explica que não houve negócios fechados neste primeiro mês do ano. Por sua vez, em janeiro de 2011 pelo menos 15 mil toneladas já tinham saído da empresa. "A conversão do adubo em soja era um bom negócio e não tido esse aumento todo. A base do adubo no ano passado era o ano de 2010 e no decorrer de 2011 foi aumentado. Agora, vai depender muito como se encontra o produtor, como ele está capitalizado", disse. Se no comparativo janeiro a janeiro os preços dos fertilizantes aumentaram, entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012 eles recuaram pouco mais de 4%, de acordo com o IMEA. No último mês de 2011, abocanhavam 14 sacas na relação de troca à vista e já no final do mês de janeiro a relação caiu uma saca, segundo o instituto. A ureia apresentou a maior queda (15%) em relação a dezembro. "O fertilizante para a soja tem uma tendência natural de queda de dezembro para janeiro e a demanda é acompanhada pelo custeio. O fertilizante vinha numa elevação de preço contínuo, quando a pressão pelo aumento de área fez elevar a demanda por consequência o preço", pontuou Daniel Latorraca, do IMEA. Fonte: G1 MT. Por Leandro J. Nascimento. 17 de fevereiro de 2012.
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