A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), a Uniec (União Nacional da Indústria de Carne) e a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) pediram ao Ministério do Desenvolvimento a criação de uma taxa de 30% sobre as exportações de bovinos vivos. No processo entregue ao ministério, as associações afirmam que a exportação de gado vivo gera menos valor agregado ao produto, que deixa de ser abatido e processado no Brasil.
O pedido, que não tem prazo para ser concluído, foi recebido pelo ministério na semana passada e a assessoria técnica vai estudar se envia ou não o documento para apreciação na Camex.
Os exportadores se defendem e dizem que o valor exportado é “irrisório”. O Brasil exportou, no ano passado, 402 mil bovinos vivos, o equivalente a 1% do abate total no país.
Para uma fonte do Ministério da Agricultura, o objetivo das associações com esse pedido seria criar uma reserva de mercado, impedindo que os animais saiam do país e forçando um aumento na oferta de gado para o abate.
O Ministério da Agricultura informou que “não irá comentar a questão dos frigoríficos, pois se trata de um problema entre associações e exportadores”.
Fonte: Valor Econômico. Por Tarso Veloso. 29 de fevereiro de 2012.
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