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Scot Consultoria

Setor produtivo discute demandas de qualificação em Mato Grosso


Terça-feira, 20 de março de 2012 - 17h56

Com a meta de expandir em 400% a produção de ovinos e caprinos em Mato Grosso até o ano de 2015, membros ligados ao segmento ainda esbarram em dificuldades na hora de ampliar o plantel nas fazendas espalhadas pelo estado. Além da adoção de tecnologias e genética específica para o segmento, os produtores mato-grossenses sabem que faltam profissionais qualificados para atuar na linha de produção. Em Mato Grosso, até 2010, eram 550 mil cabeças de ovinos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representou um crescimento de 24,1% na comparação com o ano anterior, quando a unidade federada registrava a marca de 443 mil animais. O estado responde por 0,6% da produção nacional de animais, conforme o IBGE. De caprinos, são 40,2 mil cabeças, crescimento de 1% na relação com 2009. Em Rondonópolis, a 219 quilômetros ao Sul de Cuiabá, Fernanda Oliveira Campos dedica-se à produção de ovinos. Na propriedade são 250 animais, mas a produtora diz que é comum encontrar dificuldades na hora de contratar pessoas para trabalhar nesta área. Em muitos casos, a saída é buscar trabalhadores em outros estados. “Para trabalhar, a mão de obra tem que ser qualificada. A maior parcela dos produtores tem essa deficiência”, declarou a produtora, ao G1. Fernanda fala ainda em dificuldades como a não diferenciação do valor pago na hora de abater os animais. “Quando há muito ou poucos animais para abater você não tem diferenciação [de preços] para a escala”, expressou. Nesta segunda-feira (19), representantes das diferentes cadeias produtivas do estado estão reunidos na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem de Mato Grosso (SENAR/MT) no primeiro dia do Workshop das Cadeias Produtivas. Juntos, eles querem delinear estratégicas para elaborar um plano de ações para enfrentar as principais carências dos setores no que se refere à ausência de mão de obra qualificada para atuar no agronegócio mato-grossense. Ainda, verificar as tendências e demandas das Cadeias Produtivas do nosso Estado no que diz respeito à formação profissional rural. O primeiro dia está reservado aos setores da ovinocultura, caprinocultura, suínos, aves e peixes. As discussões serão realizadas durante todo o dia na sede do Serviço. Doutor em Economia Rural e pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, Altair Dias de Moura destaca que as transformações do mercado rural estão exigindo cada vez mais profissionais habilitados. “O mercado mudou e está se transformando. Em Mato Grosso, o agronegócio gira mais rápido que em qualquer outro estado. As tecnologias também giram mais rapidamente”, frisou o educador. Atualmente, Mato Grosso consolida-se como maior produtor brasileiro de grãos e de carne bovina. Fonte: G1 MT. Por Leandro J. Nascimento. 19 de março de 2012.
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