A JBS, que encerrou recentemente as operações de seu abatedouro na cidade de Venado Tuerto, na Argentina, acompanha de perto os números da empresa naquele país neste ano. O presidente da companhia, Wesley Batista, disse que, agora que a companhia foi forçada a concentrar as atividades em apenas duas unidades – um abatedouro em Rosario e uma processadora-, será capaz de, pelo menos, parar de registrar perdas.
“Não vamos mais nos permitir perder dinheiro, tanto que fechamos a quinta planta”, disse o executivo, durante teleconferência com analistas para comentar os resultados do ano passado. Com o fim das atividades no abatedouro de Venado Tuerto, ele acredita que será possível “empatar”, até que a Argentina volte a oferecer condições mais favoráveis para os negócios e que a empresa consiga ter operações lucrativas no país. A JBS enfrenta dificuldades na Argentina por conta das restrições do governo local a exportações de carne bovina.
“Infelizmente, a situação na Argentina não tem beneficiado a operação, temos perdido dinheiro. A gente vem largando a Argentina ao longo do tempo, se você for ver o tamanho das nossas operações, fechamos cinco fábricas, temos apenas uma [unidade de abate] operando”, disse Batista, observando que hoje aquele país representa menos de 1% da receita consolidada da JBS.
Apesar disso, o executivo destacou que mantém o interesse em continuar operando na Argentina, que segundo ele o país tem muito potencial em agricultura e pecuária, além de um nome consolidado no negócio de bovinos em todo o mundo. “Se alguém quiser nos ajudar a tornar o sistema mais fácil de operar na Argentina, é muito bem vindo”, disse.
Fonte:
Valor Econômico. Por Ana Luísa Westphalen. 22 de março de 2012.
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