Os sem-terra tiveram que deixar o Ministério, depois que o governo conseguiu na Justiça a reintegração de posse do prédio.
Os manifestantes ficaram acampados do lado de fora. Eles querem agilidade no assentamento de 186 mil famílias do MST de vários estados.
Logo depois da desocupação, o ministro Pepe Vargas se reuniu com representantes da coordenação nacional do MST. Ele recebeu uma lista com as reivindicações do movimento e prometeu dar uma resposta sobre a desapropriação de terras e o desenvolvimento nos assentamentos.
O ministro também falou sobre a acusação feita pelo MST de que no ano passado a reforma agrária no país ficou parada. "Eu repito que não ficou parada. Houve assentamento de 22 mil famílias no ano de 2011. Houve um conjunto de assistência técnica que foram viabilizadas".
Os sem-terra foram até o Supremo Tribunal Federal. Em vigília, lembraram os 21 trabalhadores rurais assassinados em Eldorado dos Carajás, no Pará, há 16 anos.
Os sem-terra fizeram mais manifestações em várias regiões do país. No Rio Grande do Sul, o pátio do prédio do Incra e o escritório do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Porto Alegre foram ocupados por pequenos agricultores.
Em Santo Antônio do Amparo, no sul de Minas Gerais, os integrantes do MST fizeram manifestação no pedágio da rodovia Fernão Dias.
No Pontal do Paranapanema, em São Paulo, os sem-terra bloquearam o tráfego em algumas estradas da região.
No Piauí, a BR-316 foi interditada no trecho entre Teresina e Demerval Lobão. Ela só foi liberada com a chegada do superintendente do Incra no estado. E em Eldorado dos Carajás, no Pará, uma cerimônia religiosa foi realizada no local onde 21 trabalhadores rurais foram assassinados há 16 anos.
Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 18 de abril de 2012.
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