A situação da suinocultura em Santa Catarina está por um fio. O custo da produção hoje é de R$270,00 para um animal de 100 quilos. Por este mesmo porco, o suinocultor não recebe mais do que R$180,00 na hora de vendê-lo. Este baixo preço pago, agregado ao alto valor dos insumos e à baixa do consumo da carne nos mercados interno e externo, tem feito muitos empresários do setor repensarem se continuam com a atividade.
"A cada dia, a situação fica pior, especialmente em virtude do endividamento dos produtores.
Hoje, vivemos um dilema: manter a produção ou abandonar tudo para que não falte comida no prato de nossos filhos", alerta o presidente da ACCS.
As baixas no mercado seja o nacional ou o internacional, o alto custo para manter a produção com qualidade e o pouco retorno deixam os empresários do campo sem esperança. A confirmação de abertura de mercados como o argentino ajuda, mas isso está longe de se tornar denominador na mudança imediata do atual cenário.
"Gera expectativa positiva, mas é preciso exportar as mesmas quantidades do ano passado, algo em torno de três mil toneladas por mês de carne. E isso não ocorrerá. O problema é que não sabemos como o setor suportará este tempo", considera Losivanio.
Hoje, completa o presidente, não se fala mais em tirar o produtor da crise, mas sim em salvar a atividade da extinção. Se para o produtor a situação não é boa, para o consumidor não é tão diferente assim.
Nos supermercados, o quilo da carne suína é apenas entre 20% e 30% menor do que a bovina.
Com a abertura do mercado brasileiro para a argentina, o mais provável é que o preço seja bem mais equiparado.
Fonte: Suinocultura Industrial. Pela Redação. 4 de junho de 2012.
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