A cidade de Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, decretou situação de emergência para que os produtores do município possam ter acesso a algumas políticas públicas para amenizar a crise do setor, que amarga R$1 bilhão em perdas nos últimos 18 meses, segundo a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).
A avaliação é com base no abate mensal de um milhão de cabeças, com perda de R$41,00 a R$58,00 para cada suíno de 100 quilos. O motivo é que o preço-base do quilo do porco está em R$1,90, para um custo de produção de R$2,57, calculado pela Embrapa.
O secretário de Agricultura de Braço do Norte, Adir Engel, diz que o decreto de emergência permite que os produtores acessem os leilões de milho da Conab, a preço de R$21,00 a saca de 60 quilos. Se fossem comprar no mercado normal, eles pagariam cerca de R$26,00 a saca.
Ele afirma que os municípios em emergência por causa da estiagem já tinham esse benefício.
Como Braço do Norte não teve problema por causa da estiagem, acabou encaminhando um decreto só agora. No entanto, o documento ainda necessita de avaliação e homologação da Defesa Civil.
Em Braço do Norte são 200 criadores, que produzem 15 mil suínos gordos e 12 mil leitões por ano. Engel afirma que 15 suinocultores já desistiram da atividade e outros 30 estão com intenção de parar. O presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, diz que no estado cerca de 240 associados já abandonaram a suinocultura.
Fonte: Suinocultura Industrial. Pela Redação. 26 de junho de 2012.
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