Em uma fazenda de 1.100 hectares que fica no município de Itumbiara, as máquinas já terminaram o serviço em 2/3 da lavoura. Na média geral, a produtividade está em torno de 300 arrobas de algodão em caroço por hectare, 6% a menos que no ano passado.
O agrônomo José Luciano explica a queda: no mês de março, a estiagem bem no período de floração e enchimento dos frutos, prejudicou a produtividade. Depois, a chuva veio na época de colheita e prejudicou novamente.
Com essa queda na produtividade, ganhou mais importância este ano a receita com um subproduto da lavoura. A boa notícia para o produtor é a valorização do caroço do algodão, que atingiu o preço mais alto dos últimos anos.
Agora, é a renda do caroço de algodão que ajuda a cobrir as despesas da lavoura. José Luciano conta que o ano passado, o caroço que fica dentro da maçã de algodão estava custando em torno de R$350 a tonelada. Este ano, a mesma quantidade está sendo vendida por R$410.
A receita do caroço é aproveitada pelas fazendas que têm algodoeiras próprias. As máquinas de beneficiamento separam a fibra do caroço e depois as algodoeiras vendem o produto para as indústrias que fazem o esmagamento do grão. O óleo de algodão é vendido para indústria alimentícia e o farelo de algodão é usado na ração animal.
Para os agricultores que não tem algodoeira, o caroço gera renda de uma maneira diferente, ele serve para abater a despesa com o beneficiamento da pluma.
Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 8 de agosto de 2012.
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