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Venda de carne suína de Santa Catarina para o Japão poderá reduzir dependência do mercado russo


Terça-feira, 4 de setembro de 2012 - 08h39

A abertura do mercado do Japão para a carne suína produzida em Santa Catarina poderá reduzir a dependência dos frigoríficos catarinenses do mercado russo, que suspendeu as importações de carnes do Brasil há mais de 12 meses. A avaliação é da Superintendência Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O Japão é o principal importador mundial de carne suína, com importações de cerca de US$5 bilhões no ano passado.

No acumulado do ano até julho, as receitas de exportação de carnes em geral atingiram US$8,7 bilhões, valor que representa queda de quase 2% em relação ao mesmo período de 2011. O resultado negativo também reflete a queda generalizada dos preços internacionais das carnes in natura e industrializada. O produto foi vendido, em média, por US$2.466,00 a tonelada em julho de 2012, queda de 9,3%.

Os preços da carne bovina caíram 9,1% no mês, para US$4.440 por tonelada, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Impedidos de exportar devido a problemas sanitários, Argentina e Uruguai retornaram ao mercado, o que, aliado à recuperação dos estoques da Europa após a crise instaurada pelo mal da vaca louca, em 2001, influenciou negativamente o mercado internacional.

Quanto à comercialização da carne de frango, a instabilidade das vendas motivada pela intenção da União Europeia de sobretaxar o produto brasileiro começa a direcionar para o mercado nacional cargas que seriam destinadas ao bloco europeu. Esse excedente tem elevado a oferta e pressionado para baixo os preços praticados nos mercados interno e externo, nos quais a cotação média caiu 14,9%, para US$1.773,00 por tonelada.

Balança comercial

Dados da Superintendência Técnica da CNA mostram que a balança comercial do agronegócio brasileiro acumulou receitas de US$44,5 bilhões no período de janeiro a julho de 2012, desempenho 6,4% superior ao mesmo período de 2011, apesar da crise que atinge os principais mercados consumidores e da redução dos preços médios dos principais produtos agropecuários exportados pelo Brasil em julho de 2012.

Fonte: Canal do produtor. Pela Redação. 3 de setembro de 2012.


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