A quantidade recorde de milho exportada no mês de agosto - 2,7 milhões de toneladas - não representa risco de desabastecimento do cereal no Brasil. Na avaliação do diretor de Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Edilson Guimarães, o volume negociado está dentro da previsão de exportações projetada para este ano e não comprometerá o fornecimento do produto para os avicultores e suinocultores brasileiros.
Os dados, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta segunda-feira, 3 de setembro, demonstraram que houve um aumento de 81% na comparação com o mesmo mês de 2011, quando foram embarcadas 1,5 milhão de toneladas. Apesar de estar em elevação, o preço médio do cereal exportado (US$263, a tonelada) foi menor do que os US$298,5/t registrados em agosto do ano anterior.
Segundo Guimarães, a produção brasileira somada aos estoques iniciais deverá disponibilizar 78 milhões de toneladas do grão neste ano. Descontando-se o consumo interno (50 milhões de toneladas) e as vendas externas (15 milhões de toneladas), o país deverá fechar o ano com o maior estoque da sua história: cerca de 13 milhões de toneladas.
"Existem comentários de que as exportações é que estão fazendo o preço subir no mercado interno. Isso não é verdade. O preço está alto por diversas razões, principalmente a perda de 100 milhões de toneladas provocada pela seca nos Estados Unidos. Não temos como controlar isso. O milho é uma commoditie e o preço é feito em Chicago", declara.
De acordo com o diretor, o governo vem tomando todas as medidas cabíveis para amenizar os prejuízos dos produtores de aves e suínos. Entre as ações que já foram promovidas estão a liberação de 200 mil toneladas (com previsão de mais 250 mil toneladas) e de 400 mil toneladas para venda balcão nas regiões Sul e Nordeste, respectivamente, e leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP) de 30 mil toneladas cada.
Fonte: MAPA. Pela Redação. 4 de setembro de 2012.
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