Apesar da forte quebra de safra, os norte-americanos obterão receitas recordes nas exportações do agronegócio.
As estimativas mais recentes do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam que as exportações vão somar US$144 bilhões no ano fiscal de 2012/13 (início em outubro e término em setembro).
Os norte-americanos vão ter queda no volume exportado, mas serão compensados pelos elevados preços das commodities. Essa alta é provocada pela própria queda de produção nos EUA devido à forte seca na região.
Apesar das receitas recordes, o saldo cai para US$26,5 bilhões, contra US$30 bilhões que devem ser obtidos neste ano (2011/12).
Esse saldo é menor porque as importações sobem para o recorde de US$117 bilhões no ano fiscal de 2012/13, contra estimativas de US$107 bilhões neste ano.
O USDA avalia que o Brasil também terá boa evolução nas exportações do agronegócio, devido à estimativa de safra maior e preços mais elevados no mercado externo.
A ocorrência de novos problemas na zona do euro poderão respingar, no entanto, sobre as vendas brasileiras, dos EUA e dos asiáticos.
Mas a balança comercial dos norte-americanos apresenta forte redução nas exportações de grãos, principalmente nas de soja e de milho. Em 2011, os EUA exportaram 45,2 milhões de toneladas do cereal, volume que deve recuar para 33,5 milhões em 2012/13. A queda está abrindo as portas do mercado externo ao milho brasileiro.
Mesmo cenário ocorre no setor de soja, cujas exportações deverão recuar das 40,3 milhões de toneladas em 2011 para 30,2 milhões em 2012/13, segundo o USDA.
Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon, 5 de agosto de 2012.
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