Os aportes de dinheiro prometidos pelos governos da Europa e dos Estados Unidos fizeram bem para o mercado de commodities nesta semana. Elas acompanharam as Bolsas e fecharam à semana passada em alta, apesar de os preços atuais já estarem elevados.
Esse aporte financeiro interfere no mercado porque há vários anos o setor de commodities vive sob a forte influência da financeirização. Ou seja, a grande presença dos fundos de investimentos nas commodities agrícolas, minerais e de energia.
Mas, se essas medidas não conseguirem atingir o objetivo de reanimar a economia e aumentar o emprego, a situação ficará complicada.
Na avaliação de Muraro, 2013 poderá repetir 2008, quando os preços se mantiveram aquecidos no primeiro semestre, mas recuaram acentuadamente no segundo, após o início da crise financeira. A primeira reação do mercado, no entanto, foi com base nas avaliações de curto prazo.
Reflexo disso foi à alta de preço do contrato de milho de dezembro e a estabilidade do de soja para novembro.
O aporte de dinheiro novo no mercado se soma à continuidade da demanda no mercado de commodities. Com os preços elevados, esperava-se uma retração da demanda, o que não ocorreu.
Dados do Departamento de Agricultura dos EUA mostram redução de 0,5% na produtividade do milho e de 2,22% no da soja.
A produção de soja recua para 2.374 quilos por hectare nesta safra, bem distante dos 2.925 da safra 2010/11. A produtividade do milho cai para 7.706 quilos por hectare, 9.588 quilos em 2010/11.
Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 15 de setembro de 2012.
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