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Área agrícola maior abre espaço para máquinas brasileiras


Sexta-feira, 26 de outubro de 2012 - 08h21

A agricultura vive bons momentos, o que tem levado os produtores a elevar a área semeada. Bons preços e melhora na renda farão com que a produção de grãos do Mercosul supere os 300 milhões de toneladas nesta safra que se inicia.

Os resultados são novos mercados para a indústria nacional de máquinas e equipamentos agrícolas. Neste ano, o destaque fica para a Bolívia, país que chegou mais tarde na produção de grãos e, por isso, eleva a importação de máquinas.

De janeiro a setembro deste ano, os produtores bolivianos importaram 186 colheitadeiras produzidas no Brasil, 82% mais o que em igual período do ano passado.

O principal mercado para as indústrias brasileiras nesta região ainda é a Argentina, mas, com as dificuldades impostas pelo governo vizinho, as compras diminuíram 40% neste ano em relação ao anterior.

Apesar da boa evolução das vendas em alguns mercados, as exportações brasileiras de máquinas não repetem o bom desempenho de 2008, período que antecedeu o reflexo da grave crise financeira mundial.

Nos nove primeiros meses deste ano, as vendas externas somaram 1.007 colheitadeiras, 41% menos do que em 2011. Pelo menos 78% dessas vendas ocorreram na América Latina.

O cenário para as exportações brasileiras já foi melhor, principalmente quando o câmbio estava mais favorável. Mesmo assim, o país está conseguindo exportar para algumas das principais economias da Europa e do Leste Europeu.

Entre os países industrializados importadores de colheitadeiras do Brasil estão Alemanha, Itália e Bélgica.

No Leste Europeu, o destaque fica para a Polônia. Turquia, África do Sul e países asiáticos também têm boa participação na compra de máquinas brasileiras.

Nas vendas de colheitadeiras de setembro, a New Holland teve participação de 35%, seguida da John Deere (31%), da Case (17%) e da Massey Ferguson (13%). No acumulado do ano, a liderança é da John Deere (63%).

Nas exportações de tratores, a maior fatia no ano fica com a Massey Ferguson (54%), seguida da New Holland (16%) e da Valtra (14%).

Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 25 de outubro de 2012.


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