Retenção na oferta
As cotações do café arábica reagiram nesta quinta-feira (25/10) após dois pregões consecutivos de quedas na bolsa de Nova York. Os papéis para dezembro encerraram com valorização de 125 pontos, a US$1,6545 por libra-peso. De acordo com Jack Scoville, da Price Futures, permanece pequeno o volume ofertado por produtores da América Latina, incluindo o Brasil, já que eles estão à espera de preços mais elevados. "A demanda das torrefadoras também está baixa. Elas parecem já estar com uma boa cobertura", disse o analista à Dow Jones Newswires. Márcio Bernando, da Newedge USA, acredita que os preços estejam a se consolidar no patamar de US$1,60 por libra-peso. No mercado doméstico, a saca de 60,5 quilos do café de boa qualidade oscilou entre R$370 e R$380.
De olho no céu
Temores climáticos fizeram com que as cotações do suco de laranja avançassem nesta quinta-feira (25/10) na bolsa de Nova York. Os contratos com entrega para janeiro encerraram com ganhos de 175 pontos, a US$1,1255 por libra-peso. O furacão Sandy se aproximou do norte de Cuba e a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) emitiu um aviso para a maior parte da costa leste da Flórida sobre a possibilidade de uma tempestade tropical atingir a região. Contudo, o evento não deve chegar aos pomares de citros do estado americano, o que torna limitada sua influência sobre os preços. No mercado spot de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja destinada às indústrias saiu por R$6,95, de acordo com levantamento feito pelo Cepea/Esalq.
Liquidação em Chicago
Os grãos enfrentaram pressão de venda de posições nesta quinta-feira (25/10) na bolsa de Chicago, depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou um volume frustrante de exportações acertadas pelo país. Os contratos de soja para janeiro fecharam em baixa de 6,25 centavos nesta quinta-feira (25/10), a US$15,66 por bushel. Na semana encerrada em 18 de outubro, os Estados Unidos comercializaram 522,2 mil toneladas da oleaginosa, volume praticamente estável se comparado às 523,4 mil toneladas dos sete dias anteriores. A commodity também está às voltas com a expectativa de que Brasil e Argentina irão ter uma safra 2012/13 recorde. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos de soja permaneceu estável, a R$75,73.
Exportações fracas
Uma nova onda de realização de lucros motivou o recuo do milho nesta quinta-feira (25/10) em Chicago. Os papéis para março de 2013 fecharam em queda de 12 centavos, a US$7,44 por bushel. Dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmaram que a demanda pelo grão segue enfraquecida. Na semana até 18 de outubro, o país acertou a venda de 142,3 mil toneladas, 14% a menos que as 166,7 mil toneladas da semana anterior. Nesta quinta-feira (25/10), o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) também reduziu em 5% sua estimativa para a safra mundial de milho e trigo em 2012/13, que deve ficar em 1,76 bilhão de toneladas. No mercado doméstico, a saca ficou a R$27,50, segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
Fonte: Valor Econômico. Pela Redação. 26 de outubro de 2012.
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