O diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Vigor, Mauricio Hasson, disse que uma emissão de título de dívida no mercado brasileiro é uma das alternativas no ano que vem para diminuir sua exposição no curto prazo. Ao final de setembro, a empresa do Grupo JBS tinha um endividamento bruto de R$134,9 milhões, sendo R$95,2 milhões com vencimento no curto prazo.
"Fizemos o pré-pagamento de notes de US$100 milhões com parte do nosso caixa e de linhas locais de financiamento. Por isso nossa dívida ficou alta no terceiro trimestre. O que estamos fazendo é refinanciar essas linhas com outras de prazos mais longos", explicou o executivo nesta quarta-feira (19/12) após reunião com analistas, investidores e a imprensa, na sede da companhia.
"No quarto trimestre já poderemos sentir a diminuição da exposição. Mas faz todo sentido emitirmos títulos de dívida locais, como debêntures, já que nossa receita é em reais, para ajudar nesse processo", enfatizou.
Liquidez
Já o presidente da Vigor, Gilberto Xandó, reiterou que as ações em bolsa precisam ganhar maior liquidez para que a empresa seja corretamente precificada pelo mercado. Para tanto, a empresa aguarda que a JBS venda a sua participação remanescente de 21,3% em forma de uma oferta pública primária e secundária de ações.
"Na época da Oferta Pública Voluntária de Ações (OPA) estava prevista a venda dessas ações em um prazo de dois a três anos. Qual será a janela, ou seja, quando será isso, não sabemos. Mas estamos de olho", disse. "O mercado já enxerga a Vigor como uma empresa independente da JBS e com potencial de crescimento. O que falta é a liquidez dos nossos papéis", completou o executivo.
Fonte: Agência Estado. Por Suzana Inhesta. 19 de dezembro de 2012.
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