Rússia, Hong Kong e Venezuela compraram 64% do volume de carne bovina in natura exportado pelo Brasil em janeiro. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), a Rússia comprou mais de 28 mil toneladas de carne bovina in natura, alta de 73% ante janeiro de 2011, com receita da US$109,4 milhões, avanço de 52%. O resultado de janeiro ficou 75% acima da média exportada nos últimos três meses, tanto em volume quanto em faturamento, conforme a Abiec, em nota.
Já Hong Kong importou 15,157 mil toneladas da proteína in natura brasileira, alta de 85%. Ante dezembro, o avanço foi de quase 25%. A receita cambial totalizou US$67,816 milhões, o maior resultado já observado para este destino no período. Os embarques para a Venezuela foram de 13,822 mil toneladas, com receita de US$72,5 milhões, aumento de 21% sobre dezembro e de 50% ante janeiro de 2011.
Em janeiro ante o mesmo mês de 2011, os embarques de carne bovina in natura aumentaram 43,4%, passando de 62,4 mil toneladas em janeiro de 2012 para 89,5 mil toneladas no mês passado. A receita cambial foi de US$409,2 milhões, ante US$301 milhões, alta de 36%. O preço médio praticado da tonelada da proteína no período foi de US$4.572, recuo de 5,2%. Na análise das exportações de janeiro ante dezembro, os embarques de carne bovina in natura aumentaram 6,9%, com receita 5,2% maior, mas preços 1,6% inferiores.
Embargo
No comunicado desta terça, dia 5, a Abiec reitera que Japão, China, Taiwan, África do Sul, Arábia Saudita, Peru e Coreia do Sul ainda mantêm restrições para as importações de carne bovina brasileira devido ao evento priônico ocorrido em 2010 em uma vaca morta no Paraná. Juntos, esses países representaram cerca de 5% do volume total exportado pelo país em 2012. Já Líbano e Jordânia restringiram as importações apenas da carne originada no Estado do Paraná.
- A Abiec, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e o Ministério das Relações Exteriores estão trabalhando em conjunto para que as restrições sejam revogadas com a maior brevidade possível - ressaltou a associação, no comunicado.
Fonte: Estadão. Pela Redação. 6 de fevereiro de 2013.
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