Se os cortes automáticos de US$85 bilhões em gastos públicos entrarem em vigor como previsto em 1º de maio, a produção norte-americana de carne poderá ser suspensa por cerca de duas semanas, por causa da ausência dos inspetores do governo, diz relatório divulgado pela Casa Branca. Segundo um funcionário do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), uma paralisação dos inspetores por 15 dias deixaria mais de seis mil unidades de produção sem a necessária supervisão e isso custaria cerca de US$10 bilhões à indústria por perdas de produção; os preços no varejo também subiriam.
Os cortes de gastos automáticos estão previstos no acordo feito entre os dois partidos políticos dos EUA em 2011 para elevar o limite legal de endividamento do governo. Eles deveriam entrar em vigor em 2 de janeiro, mas o Congresso adiou o prazo para 1º de março no acordo provisório que evitou o chamado "abismo fiscal".
Em carta ao secretário da Agricultura, Tom Vilsack, o presidente do Instituto de Carne da América (AMI), J. Patrick Boyle, diz que a ausência dos inspetores seria "devastadora" para o setor e que o governo tem a obrigação legal de manter esses servidores trabalhando. "O AMI respeitosamente discorda da afirmação do Departamento de que, na eventualidade dos cortes de gastos, as folgas obrigatórias mencionadas sejam necessárias e legais", diz a carta. Para Boyle, o USDA deveria cortar mais os gastos em outras áreas.
De acordo com o relatório da Casa Branca, a Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA) também terá de reduzir as inspeções de alimentos domésticos e importados.
Fonte: Agência Estado. Pela Redação. 14 de fevereiro de 2013.
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