De volta ao Brasil, a missão técnica do Grupo de Consultores de Citros (Gconci) chegou da Flórida com a certeza de que a queda na produção de laranja nos Estados Unidos é uma tendência a médio e longo prazo. No Brasil, ainda não se sabe se a crise trará benefícios à produção nacional. No momento, a única certeza é que a safra 2013/2014 será menor em produção com preços mais altos.
A queda na safra americana deve chegar a 8% em 2013, com um total de 142 milhões de caixas, de acordo com o relatório mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Segundo o presidente do Gconci, Eduardo Mazzonetto, a florada que aconteceu um mês antes do previsto, a temperatura alta demais e o greening, que atacou os pomares, foram os principais motivos para a baixa.
"Tem dois pontos para serem analisados. De fato, quando reduz a oferta de fruta lá vão ser menos frutas a serem moídas, menos suco a ser produzido. O outro fato é que pode começar a haver uma sinalização de que não existirá maior safra nos Estados Unidos. Nós também temos uma tendência de queda aqui, mas como a gente está produzindo suco excedente, então abre espaço para o nosso produto lá", explica Mazzonetto.
O que pode atrapalhar os citricultores neste momento é que, depois de duas safras que colocaram no mercado quase 400 milhões de caixas, o próximo ciclo deve ter uma produção menor.
"A safra que talvez seja mais comprometida seja a de 2014/2015, que o produtor não está adubando corretamente os pomares como devia estar adubando até agora. E essa adubação, esta fertilidade vai comprometer a florada da safra 2014/2015", afirma.
A boa notícia, a curto prazo, fica por conta do mercado interno.
"Provavelmente vai ser melhor, porque vai ter menor oferta de fruta. Não só por isto, mas aqueles produtores que se dedicaram a ter uma fruta de melhor qualidade, este ano vai cair a oferta e a qualidade, tudo devido à redução de custos e tratos"
Fonte: Rural BR. Pela redação. 14 de fevereiro de 2013.
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