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Itaú BBA demonstra cautela com balanços dos frigoríficos


Terça-feira, 26 de fevereiro de 2013 - 14h34

A equipe do Itaú BBA não está animada com os resultados do quarto trimestre e do ano de 2012 que serão reportados pelas principais companhias que atuam no Brasil no setor de abate de animais.

Tendo a elevação dos custos como ponto principal, a instituição financeira estima uma redução média de um ponto percentual em termos de margem para os frigoríficos, em bases anuais.

O JBS, na avaliação dos especialistas, é a companhia que deve apresentar o melhor resultado dentre as representantes de maior peso dentro do segmento, mas ainda assim os números dela serão apenas "mistos".

Já Marfrig e Minerva tendem a reportar números negativos, segundo o critério dos analistas do Itaú BBA, que esperam por números "neutros" da BRF - Brasil Foods.

JBS

No caso do JBS, o bom desempenho da divisão MERCOSUL, com fortes volumes de carne bovina, e alta rentabilidade nos mercados doméstico e de exportação, devem levar a um crescimento marginal do Ebitda de 6%, de acordo com o prognóstico do banco.

Além disso, para a divisão do JBS nos Estados Unidos, a despeito da escassez de suprimentos da indústria de gado na região, o Itaú BBA espera por "resultados sólidos", com um avanço de 3% da margem Ebitda.

Para o lucro líquido do JBS no quarto trimestre de 2012, a projeção do banco é de R$282,5 milhões, alta de 1000% na comparação anual, mas queda de 22,9% na margem.

BRF - Brasil Foods

Na BRF - Brasil Foods, a expectativa é por uma lenta recuperação da margem Ebitda, para 8,8%, ante 5% no terceiro trimestre do ano precedente, e 10,8% na mesma época de 2011, "devido ao impacto do aumento dos custos dos grãos", dizem Alexandre Miguel e Felipe Cruz, do Itaú BBA, em relatório.

As vendas sazonais do período de férias, com performance aquém do esperado - varejistas consultados pela instituição financeira indicam queda de dois dígitos na comercialização dos produtos - também contribuem para os números da BRF "relativamente fracos" aguardados pelos analistas.

O lucro líquido do conglomerado deve ter somado R$405,2 milhões de outubro a dezembro, evolução de 21,2% frente igual período de 2011, e de 346,3% contra o período imediatamente anterior.

Marfrig

Para a Marfrig, a estimativa do Itaú BBA aponta para um prejuízo de R$27,6 milhões, após o lucro de R$10,1 milhões de julho a setembro de 2012.

Ainda assim, no quarto trimestre de 2011, a companhia também já havia apresentado prejuízo, de R$138,7 milhões.

A margem Ebitda do Marfrig, segundo os cálculos do banco, deve ter caído 0,3 ponto percentual na margem, e 1,1 ponto no ano, para 7,9%, "principalmente por conta do declínio na margem operacional da Seara Alimentos".

Para a divisão Seara Alimentos, o prognóstico do Itaú BBA prevê um tombo da margem Ebitda de 2,2 pontos percentuais, em bases anuais, novamente devido à alta dos grãos, e das vendas fracas no período natalino.

Minerva

Por sua vez, a Minerva deve apresentar prejuízo de R$2,6 milhões no quarto trimestre de 2012, revertendo o lucro de R$14,8 milhões na mesma época de 2011, e de R$21,3 milhões no terceiro trimestre de 2012, "dado o fraco desempenho operacional e as maiores despesas financeiras".

A elevação dos custos, em linha com os preços mais altos do gado durante o período de entressafra, e o lento processo de reajuste dos preços ao cliente final ocorrido de outubro a dezembro, atrapalharam os resultados da Minerva, diz o Itaú BBA.

Resultados

A BRF divulgará seu balanço em 4 de março, seguida pelo JBS, em 13 de março. Já Minerva e Marfrig publicam seus números em 21 de março e 27 de março, respectivamente.

Fonte: Brasil Econômico. Pela Redação. 25 de janeiro de 2013.


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