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Preço internacional do açúcar recua 3,0% em fevereiro


Segunda-feira, 11 de março de 2013 - 08h34

Os preços internacionais dos alimentos mantiveram-se estáveis em fevereiro em relação ao mês anterior, indicando que deste lado não haverá pressão inflacionária em boa parte do mundo.

A FAO, o braço das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, informou quinta-feira (7/3) que seu índice de preços de alimentos ficou em 210 pontos em fevereiro. Desde novembro, o indicador varia entre 210 e 212 pontos.

Desta vez, os preços de produtos lácteos e óleos aumentaram ligeiramente, mas foram compensados pela queda de cotação de cereais e mais ainda no caso do açúcar.

O preço internacional do açúcar declinou 3,0% em fevereiro em relação a janeiro, por causa da produção excedente liderada pelo Brasil e Tailândia. Foi o quarto mês consecutivo de queda. A produção será importante também alguns países importadores, o que pesa igualmente sobre o preço.

Por sua vez, o índice de preços de carnes teve pouca variação. Houve ligeira baixa na cotação de frango e alta marginal no preço do porco.

No caso dos cereais, houve queda de 1,0% no preço em relação ao mês anterior e de 8,0% comparado a fevereiro do ano passado. Isso ocorre, sobretudo, pela queda na cotação de trigo, em razão de melhor perspectiva de colheita nos Estados Unidos. Os preços de milho continuam estáveis. Já na cotação do arroz teve alta, em grande parte atribuída à política de apoio governamental na Tailândia e Índia e por contração de estoques nos EUA.

O preço internacional de matérias gordurosas e de óleos subiu 0,4%. Isso ocorreu por causa de previsão de desaceleração da produção de óleo de palma e redução de estoques. Mas os valores em baixa de óleo de soja e menor demanda do agro diesel evitaram alta maior do índice de preços desse segmento.

De novo, os preços de produtos lácteos continuaram subindo. Em fevereiro, a alta foi de 2,4% em relação a janeiro. Houve uma queda brutal de produção de leite e redução simultânea de transformação de produtos lácteos, por causa de seca na Oceania.

Fonte: Valor Econômico. Por Assis Moreira. 7 de março de 2013.


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