Histórica, a dependência brasileira de fertilizantes importados não melhorou nesses últimos anos em que a Vale comprou a Fosfertil e se tornou a maior fabricante de matérias-primas para adubos do país. Pelo contrário. Como a demanda doméstica aumentou, em linha com a expansão da produção agrícola brasileira, a dependência segue forte e o valor das compras no exterior vem aumentando substancialmente.
Estudo concluído no fim de 2012 pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) estimou as importações de fertilizantes (matérias-primas e produtos intermediários) do país em quase US$11,00 bilhões no ano, ante US$9,90 bilhões em 2011 e US$5,40 bilhões em 2010. Do total do ano passado, conforme dados da Secex compilados pelo Valor, os potássicos representaram cerca de US$4,00 bilhões. Apenas os cloretos de potássio custaram cerca de US$3,50 bilhões, de acordo com cálculos da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Dada a escassez brasileira de boas fontes de potássio, a Fiesp, em parceria com o Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), projeta que a dependência continuará grande. Das três fontes principais para a produção de fertilizantes - as outras duas são nitrogênio e fosfato -, o potássio tem o pior cenário. Se em 2010 91,0% da demanda brasileira foi atendida por importações, a fatia poderá ainda ser de 81,0% em 2021.
Fonte: Valor Econômico. Por Carine Ferreira e Fernando Lopes. 13 de março de 2013.
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