A mecanização na colheita de café avança no Brasil e atinge pelos menos 10 milhões de sacas. A estimativa é de Walmi Gomes Martin, gerente de produtos da área de colhedoras da Jacto. Esse volume se refere à colheita feita diretamente nas árvores.
A mecanização avança também na colheita do café caído no chão. Nesse caso, o percentual é bem menor, diz Conceição Aparecido de Bertanha, da empresa Bertanha, especializada em máquinas para a cafeicultura.
José Braz Matiello, da Procafé, diz que a colheita com derriçadeiras costais atinge 500 mil sacas por safra.
Um dos motivos a favor da mecanização no setor é a dificuldade e os custos da mão de obra, além da busca de qualidade durante toda a cadeia, diz Reymar Coutinho de Andrade, da Pinhalense.
Dependendo da região onde está localizada a lavoura, os custos de produção podem ter redução de 40,0%.
Martin diz que a mecanização, além de permitir o plantio de café em grandes áreas, traz também um produto final de melhor qualidade.
Para ele, a chave da sustentabilidade da cafeicultura é a redução de custos e o aumento de produtividade.
Na mesma linha, Bertanha diz que 30,0% do café do chão é perdido. Isso significa 81,0 quilos por hectare. Em 100 hectares, a perda soma 135 sacas, com o produtor deixando de colocar R$31,00 mil no bolso nos preços atuais.
O Brasil tem possibilidade de elevar a mecanização do café mais do que outros países concorrentes.
Em algumas áreas, como Quênia e Colômbia, o café tem floração o ano todo, eliminando a possibilidade de uma colheita mecânica e elevando os custos de produção.
A produção nacional de café, embora as estatísticas sejam bastante desencontradas, ficou um pouco acima de 50,0 milhões de sacas. Algumas estatísticas, indicam, no entanto, 55,0 milhões de sacas.
Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 20 de março de 2013.
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