De 1995 a 2006, as taxas de crescimento da agropecuária na Amazônia foram superiores às taxas de crescimento nacionais. A conclusão consta do estudo "Caracterização e Análise da Dinâmica da Produção Agropecuária na Amazônia Brasileira" com dados do Censo Agropecuário 2006 divulgado quinta-feira (21/3) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo mostra a intensificação da ocupação agrícola e pecuária na Amazônia de 1995 a 2006. Nesse período, a área de lavouras permanentes cresceu 1,59 milhão de hectares, as lavouras temporárias cresceram 5,64 milhões de hectares e as pastagens plantadas, 9,12 milhões de hectares. Na contramão, houve redução de 7,57 milhões de hectares em matas e florestas, de 3,64 milhões de hectares em pastagens nativas e de 2,40 milhões de hectares em terras inaproveitáveis.
Apesar de os dados não indicarem uma correlação direta entre conversão de área de agricultura para pastagens, há indicativos de que nos estabelecimentos com área de até 100 hectares, a agricultura diversificada está sendo substituída pela pecuária de corte e leite.
O desmatamento na Amazônia mostrou redução de 49,0% no período 2006-2011 em relação ao projetado pela média histórica de supressão da vegetação, de 19,50 mil km2 ao ano. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O cálculo das emissões também mostra a redução de 64,0% em 2012 em relação aos valores estimados para 2004, ano em foram desmatados quase 28 mil km2 na Amazônia Legal. No ano passado, foram desmatados 4,70 mil km2 na Amazônia Legal, o menor índice desde 1988.
Fonte: Valor Econômico. Por Tarso Veloso. 21 de março de 2013.
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