Como medida de apoio ao setor canavieiro, o governo federal implantou o Prorenova, com disponibilização de R$4,00 bilhões para estímulo à renovação e ampliação de cerca de 1 milhão de hectares de cana-de-açúcar. Mesmo sendo importante o estímulo à cana, é estratégico para o país que outras fontes potenciais de geração de agroenergia sejam fortalecidas e estimuladas.
Para dar suporte a este incentivo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está disponibilizando para venda, 35 toneladas de sementes do sorgo sacarino, da cultivar BRS 506, sendo que 1,64 toneladas, já tratados e ensacados, para entrega imediata.
O sorgo sacarino BRS 506 é uma cultivar desenvolvida pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) para atender a demanda por matéria-prima alternativa à cana-de-açúcar para a produção de etanol. Seu ciclo de cultivo e colheita compreende justamente o período da entressafra da cana, especialmente, na região centro-sul, o que contribui para a diminuição da volatilidade de oferta e de preços.
A BRS 506 tem como principais vantagens a sua precocidade, pois apresenta ciclo de 120 a 130 dias, e a rentabilidade da sua produção, se comparada à cana de açúcar, já que seu colmo com alto teor de açúcares (20,9 °B) atinge em apenas 130 dias a mesma quantidade de brix alcançada pela cana em um ano e meio. Possui, ainda, como características o, boa produção de grãos e silagem com alto padrão fermentativo.
O processamento dos colmos também é o mesmo utilizado para a cana, necessitando de poucos ajustes dentro do parque industrial da usina. Além disso, o bagaço do sorgo sacarino, em testes realizados, mostrou-se bastante eficiente na cogeração de energia, com poder calorífico superior ao bagaço da cana.
Fonte: Jornal do Comércio. 3 de maio de 2013.
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