Além do Prêmio para Escoamento Agrícola (PEP) e da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), os produtores de milho poderão contar neste ano com mais uma ferramenta de apoio à comercialização da produção por meio do Contrato de Opção de Venda Pública (COV). Na semana passada, o Ministério da Agricultura definiu os preços para os contratos que foram fixados em R$19,74 a saca para os estados das regiões sul, sudeste e centro-oeste, com exceção do Mato Grosso, cujo o valor foi estipulado em R$15,12.
De acordo com dados divulgados pelo governo, ao todo, o volume estimado para o fornecimento do pacote de opções é de R$580,00 milhões. Segundo Paulo Cesar, técnico da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), no Paraná, o plano ainda está em fase de discussão, mesmo com o anúncio oficial do governo. Ele explica que a comercialização de milho por contrato de opções tem como objetivo levar uma certa segurança ao produtor quanto às oscilações dos preços das commodities agrícolas. "O mercado de opções é mais uma garantia para que não haja grandes perdas na hora de comercializar", destaca Cesar.
Com o preço mínimo da saca do milho estabelecido no Paraná em R$17,46 a saca, o técnico da Conab frisa que o valor estipulado em R$19,74 no mercado de opção é mais vantajoso. "Quando o agricultor perceber ou intuir que pode haver um declínio de preços, ele pode adotar o sistema de comercialização por meio de contrato". Cesar completa que o produtor pode cancelar o contrato quando quiser, não havendo nenhum risco de penalidade. O técnico enfatiza que, geralmente, produtores que estão em dúvida sobre como ou por quanto irão comercializar, preferem adotar o sistema de contrato de opção.
Juliana Yagushi, economista do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), afirma que esse tipo de contrato pode assegurar momentaneamente bons preços na venda do milho. "Dependendo do comportamento do mercado, o produtor pode comercializar para o governo ou para o setor privado. Ou seja, ele vende para quem paga mais", destaca. Entretanto, Juliana enfatiza que o agricultor deve se informar melhor sobre como funciona o sistema para verificar se realmente é viável para a sua propriedade.
Fonte: Folha Web. Por Ricardo Maia. 29 de maio de 2013.
Qual a expectativa para os preços da soja no Brasil em janeiro de 2025?
Receba nossos relatórios diários e gratuitos