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Acidente em Santos compromete o escoamento de grãos


Quinta-feira, 13 de junho de 2013 - 08h14

Um acidente ocorrido na tarde de segunda-feira (10/6) entre um navio brasileiro e um panamenho comprometem as operações de carregamento de grãos no porto de Santos (SP), o maior da América Latina e a principal porta de saída de soja e milho do Brasil.

O problema teria sido provocado por falhas no sistema de propulsão de uma embarcação brasileira, que acabou colidindo com um cargueiro de bandeira do Panamá nas proximidades do armazém 38. O navio atingido teve um rasgo de aproximadamente 5 metros no casco, conforme apuração de agências de notícias brasileiras e internacionais. Além disso, uma parte de um shiploader teria se desprendido do equipamento e caído ao mar. Mergulhadores foram acionados para procurar a peça. Enquanto isso, todas as operações de carga e descarga foram canceladas para evitar formação de filas de caminhões no local.

O incidente espalha preocupação entre entidades do agronegócio. A expectativa é de que haja migração de cargas do litoral paulista para o Paraná, avalia o superintendente da APPA, que representa os portos do estado, Luis Henrique Dividino.

"Se fosse um dano só nos navios, seria fácil de resolver. Mas, como houve problema no carregador (shiploader), a inspeção deve durar no mínimo 15 dias e isso vai prejudicar as operações de carregamento", afirma. Ele diz ter trabalhado na região e por isso conhece bem o funcionamento do porto paulista.

A Capitania dos Portos de Santos faz, neste momento, avaliações sobre as causas e os impactos do acidente. Se houver necessidade de paralisação dos trabalhos por tempo além do previsto em Santos, a entidade paulista deve consultar Paranaguá para saber da disponibilidade do porto paranaense para absorver parte das cargas. "Os contratos com os importadores precisam ser cumpridos, ou seja, o produto precisará sair de algum lugar", lembra Dividino.

Na semana passada, um incêndio de pequena proporção atingiu as instalações do Terminal de Granéis do Guarujá (TGG), na Torre 2, em Santos, e paralisou as operações de carregamento de um navio de soja.

Em fevereiro de 2012, um navio maltês colidiu contra um shiploader, também no TGG. O terminal privado tem quatro equipamentos carregadores e dois deles foram danificados neste acidente, mas apenas um foi completamente desativado temporariamente.

Em setembro de 2012, durante operação de carregamento de soja, um navio se desprendeu e arrastou consigo um dos shiploaders cuja haste estava dentro do porão de uma embarcação. O incidente, também no Armazém 38, prejudicou dois dos quatro equipamentos de carregamento.

Fonte: Suinocultura Industrial. 12 de junho de 2013.


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