As exportações de soja, a líder em receitas neste período do ano entre as commodities agrícolas, começam a perder força neste mês.
As exportações médias diárias, que atingiram 439 mil toneladas na segunda semana de maio, foram recuando, terminando o mês passado em 379 mil toneladas ao dia.
Neste início de junho, as vendas externas recuaram ainda mais, baixando para 315 mil por dia.
Apesar desse recuo, se for mantido esse ritmo de exportações, o volume vendido poderá voltar a superar 6 milhões de toneladas.
A grande safra brasileira, que deverá atingir 81,3 milhões de toneladas neste ano, segundo estimativas da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), permite exportações recordes.
Em março, o país já havia colocado 3,5 milhões de toneladas de soja em grãos para fora, um volume que foi a 7,2 milhões no mês seguinte.
O grande salto veio em maio, quando saíram pelos portos brasileiros 8 milhões de toneladas da oleaginosa.
Apenas a soja em grãos foi responsável pela entrada de US$4,20 bilhões em maio, após ter atingindo receita de US$3,80 bilhões em abril.
Se for mantido durante este mês o mesmo ritmo de vendas externas da primeira semana, a soja voltará a trazer um bom montante de divisas para o país: US$3,30 bilhões.
O preço médio de negociação está em US$524,50 por tonelada neste mês, um pouco acima do de maio, mas 2,0% inferior ao de igual mês do ano passado.
As exportações de farelo também crescem e superam em 20,0% as de junho de 2012. As de óleo de soja tiveram evolução de 4,0% no mesmo período, aponta a Secex.
Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 13 de junho de 2013.
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