A preocupação atual do grupo Marfrig é a organização da transição, após a passagem da marca Seara para o JBS.
A empresa deverá definir, no entanto, uma marca forte para a comercialização de seus produtos, em substituição à Seara. Esta, importante nos setores de aves e suínos, havia sido comprada da Cargill em 2009.
James Cruden, presidente-executivo da Marfrig Beef, diz que isso entrará em discussão na empresa. Ele diz, porém, que o grupo já tem marcas tradicionais e com boa presença no mercado brasileiro, como Montana e Bassi.
Independente do nome a ser focado, o executivo diz que os olhares da empresa estarão voltados para produção de carne bovina.
"O objetivo é buscar um crescimento anual de pelo menos dois dígitos a partir do próximo ano." Para atingir esse patamar de crescimento, o grupo poderá optar por novas indústrias ou ampliação das atuais, afirma.
A produção de frango continuará com foco na Ásia, Estados Unidos e Europa, onde o grupo já tem empresas voltadas para essa área.
Para marcar presença em carne bovina, o grupo busca programas de produção padronizada e certificada.
A exemplo do que já faz com produtores das raças angus e nelore, o Marfrig está estabelecendo parcerias com produtores das raças hereford (de origem britânica), braford (cruzamento de hereford com zebu) e wagyu (de origem japonesa).
Cruden acredita na evolução do consumo de carne bovina no país, com boa demanda por carnes de qualidade.
Em uma escala de 100 para a carne de boi comum, a de nelore natural tem valor de 110; a de angus, 120 e a de wagyu, 140, diz ele.
Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 24 de junho de 2013.
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