Um dólar forte levou as usinas brasileiras a venderem açúcar para exportação, mas chuvas, uma crescente demanda por etanol e uma seca no nordeste do país refrearam uma onda de entregas físicas da commodity no mercado internacional no momento.
Responsável por metade das exportações mundiais de açúcar, o Brasil está no pico de uma colheita recorde de cana no centro-sul que deve resultar em produção de 35,5 milhões de toneladas de açúcar.
Após recuar desde o início de 2011, os preços futuros do açúcar atingiram um ponto de apoio técnico e conseguiram registrar uma recuperação de cerca de 5 por cento desde que atingiram a mínima de três anos de 16,17 centavos por libra-peso em 13 de junho.
Mas operadores e analistas estão sendo cautelosos ao chamar tal nível de piso. O recente apoio aos preços coincidiu com um clima chuvoso atípico no centro-sul, principal cinturão de cana do Brasil.
"Algumas grandes usinas no Mato Grosso do Sul e Paraná perderam dez dias de moagem no início de junho, e as chuvas devem paralisar a colheita por mais alguns dias nesta semana", disse o meteorologista da Somar, Gustavo Verardo.
O clima deve se tornar mais seco sobre o cinturão da cana em julho e agosto, no entanto, acrescentou ele, permitindo o avanço da moagem.
A moagem de cana-de-açúcar no centro-sul do Brasil na primeira quinzena de junho foi prejudicada pelas chuvas, assim como ocorreu na quinzena anterior, disse a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) nesta quarta-feira (26/6).
As chuvas devem apenas dar um apoio de curto prazo para os preços físicos e futuros, acrescentando que o clima mais seco em setembro de 2012 reverteu os efeitos do clima chuvoso entre maio e junho na última safra.
Fonte: Reuters. Por Chris Prentice. 26 de junho de 2013.
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