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Scot Consultoria

Safra 20% menor ajudará a elevar cotações do suco


Quinta-feira, 4 de julho de 2013 - 09h17

De acordo com levantamento realizado pelo Rabobank, a safra de laranja de 2013/2014 no estado de São Paulo deve ser pelo menos 20% menor do que em 2012/2013. Isso acontecerá devido o grande número de produtores que vem reduzindo sua participação ou saindo inteiramente do setor. Com o preço à vista da laranja no estado de São Paulo caindo consideravelmente e atingindo baixas de R$6 (US$3) por caixa de 40,8kg nos últimos meses, os produtores sem contratos de longo prazo têm enfrentado condições de mercado fortemente adversas quando vendem no mercado à vista, informa o relatório.

Os números mais recentes da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), do dia 15 de maio de 2013, apontam para uma safra de laranja de 268,4 milhões de caixas de 40,8kg em 2013/2014. Esses números refletem uma queda acentuada na produtividade das árvores, combinada com uma redução de 42,17 mil hectares no total de pomares de São Paulo e no triângulo mineiro. As últimas estimativas para a produção de laranja no estado da Flórida, nos Estados Unidos, também são de uma colheita menor, com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sinalizando uma produção de 138 milhões de caixas em 2012/2013, abaixo das 147 milhões de caixas em 2011/2012. É provável que os valores sejam revistos para baixo, por conta de problemas com o greening e com o tempo muito seco, que leva os frutos a secarem e a produzirem menos suco.

O relatório do Rabobank aponta ainda que a situação na Flórida pode piorar nos próximos anos, com as últimas estimativas do Departamento de Cítricos da Flórida indicando um declínio contínuo na produção para apenas 106 milhões de caixas na próxima década. Isso diminuiria a capacidade da Flórida de abastecer o mercado norte-americano e criaria uma maior dependência do suco de laranja importado.

No geral, a tendência é de que as importações mundiais continuem a diminuir para menos de 1,1 milhão de toneladas na safra 2019/2020. No entanto, um dos destinos do suco congelado e concentrado brasileiro pode aumentar as importações a um ritmo significativo mesmo dentro do cenário atual de diminuição da demanda: os Estados Unidos. Com projeções de queda na produção da Flórida, os Estados Unidos podem precisar importar mais suco congelado e não concentrado.

A baixa disponibilidade de frutos inevitavelmente fará pressão sobre os preços quando os estoques globais do produto congelado retornarem aos níveis normais e os processadores precisarem acelerar a produção, conclui o banco.

Fonte: G1-Globo Rural. Por Luciana Franco. 2 de julho de 2013.


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