O Ministério da Agricultura divulgou na segunda-feira (5/8) medidas de apoio à cafeicultura brasileira. O anúncio estava previsto para as 16h, em Brasília. As ações visam dar uma resposta ao setor, que cobra apoio do Governo Federal.
No balanço semanal, divulgado na sexta-feira (2/8), o Conselho Nacional do Café (CNC) reforçou que a situação do setor é de urgência. "Contudo, as ações não surgem à medida que apresentamos os pleitos, haja vista que precisam de estudos e análise do staff técnico do Governo Federal para viabilizar sua implementação".
Os preços vêm caindo na bolsa de Nova York, principal referência para o mercado internacional. Na semana passada o contrato de setembro ficou abaixo de US$1,20 por libra-peso. No mercado interno, "foi mais uma semana difícil", segundo informe do escritório Carvalhaes. "As bolsas de futuros trabalharam em baixa e o dólar em forte alta frente ao real, dificultando e desorganizando os negócios".
Cafeicultores reclamam que as cotações não cobrem os custos de produção. O Governo elevou recentemente o preço mínimo do arábica para R$307,00 por saca de 60 quilos. No entanto, representantes do setor afirmam que sem uma política de renda e um auxílio mais efetivo à comercialização, a situação tende a ficar mais grave.
Em uma reunião realizada há quase duas semanas na sede da Sociedade Rural Brasileira, a postura do Governo foi bastante criticada. Conforme divulgado pela própria SRB, foi unânime a avaliação de falha no apoio à comercialização de café. Entre as reivindicações do setor, estão lançamento de contratos de opção de venda e os chamados leilões de Premio Equalizador Pago ao Produtor Rural (PEPRO).
Fonte: Globo Rural. 5 de agosto de 2013.
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