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Agronegócio do Brasil apresenta saldo comercial de US$49 bilhões nos primeiros sete meses de 2013


Quarta-feira, 21 de agosto de 2013 - 09h13

O saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro cresceu 10,2% no acumulado de janeiro a julho de 2013, atingindo US$49 bilhões frente aos US$44,5 bilhões registrados mesmo período do ano passado. Apesar do cenário mundial adverso, com a tendência de queda dos preços das commodities no mercado internacional, o setor agropecuário tem mantido excelente desempenho.

Estudos técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostram que os resultados positivos das exportações de produtos agrícolas vêm sendo sustentados especialmente pelas vendas externas do chamado complexo soja. Nos primeiros sete meses do ano, esse segmento exportou o equivalente a US$21,3 bilhões, um incremento de 11,4% em comparação com as receitas alcançadas nos sete primeiros meses de 2012.

No entanto, que as "boas expectativas em relação ao clima e outras condições favoráveis ao crescimento da produção de soja nos Estados Unidos, deverão exercer pressão e influenciar numa possível queda nas cotações internacionais do produto nos próximos meses".

O dado negativo foi o desempenho do milho. É que a melhora na produção nos Estados Unidos, cuja cultura havia sido afetada pela seca na safra passada, influenciou o desempenho do Brasil. Só no mês de julho, no comparativo com o mesmo período de 2012, a queda nas exportações chegou a quase 56%, com receita de US$187 milhões, e vendas ao exterior de 733 mil toneladas.

A China continua sendo a maior importadora de produtos agrícolas do Brasil, deixando em segundo lugar a União Europeia. O mercado chinês, de janeiro a julho deste ano, absorveu 26,5% das exportações brasileiras, enquanto que o mercado europeu foi destino de 21,9% dos produtos agropecuários do país.

A nota técnica da CNA relata, ainda, que a economia dos países desenvolvidos começou a dar sinais concretos de recuperação e melhora no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, no caso dos países da Comunidade Econômica Europeia, o índice de desemprego ainda continua elevado devido às medidas de austeridade fiscal e monetária adotadas pelos governos locais.

Já os Estados Unidos vêm dando mostras mais consistentes de recuperação de sua economia.  Segundo mostra o estudo, "o índice de desemprego vem apresentando sucessivas quedas na medida em que a maior economia do mundo se recupera da crise financeira iniciada em 2008."

Mesmo com a perspectiva de recuperação das economias das nações desenvolvidas, "a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) acredita que os países emergentes - motores da economia mundial durante a crise financeira - devem desacelerar seu ritmo de crescimento no decorrer dos próximos meses".

As economias da China, Brasil e Índia continuam perdendo força, levando os governos locais a buscarem estratégias políticas para estimular o crescimento, mostra a CNA.  O governo chinês divulgou que irá tomar medidas monetárias expansionistas com o objetivo de facilitar o consumo e superar os entraves ao desenvolvimento.

Enquanto isso, o Brasil busca, por meio da desvalorização cambial e outras medidas de caráter monetário e fiscal, recuperar o ritmo de crescimento econômico, explica a nota técnica.

Fonte: CNA. 20 de agosto de 2013.


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