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Scot Consultoria

Tributos sobre custo de produção agropecuário chegam a 30% no RS


Quinta-feira, 29 de agosto de 2013 - 08h55

A carga tributária sobre o custo de produção do arroz chega a 30,26% no Rio Grande do Sul, semelhante à registrada na bovinocultura (30,63%) e um pouco acima da verificada no caso da soja (27,05%), do milho (R$ 27,10%) e do trigo (26,21%).

Os números fazem parte de estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) para o Sistema Farsul e serão apresentados nesta Expointer. "Esse é um dos principais fatores que corroem nossa competitividade, que fazem com que produzir aqui tenha um custo mais elevado do que em qualquer grande concorrente, como Estados Unidos, Argentina ou Uruguai", afirma o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto.

Somente na colheita de soja, milho, trigo ou arroz, a carga tributária é de 35,83%. A arrecadação tributária sobre os custos de produção desses quatro grãos chega a R$3,3 bilhões por ano, estima a assessoria econômica do Sistema Farsul. Para Sperotto, o sistema tributário nacional é severo e algoz ao onerar a produção. "Não tem sentido um bem de capital, como um trator, ter imposto como no Brasil. Isso não acontece em outros países", completa Sperotto.

Mesmo quando a produção da máquina tem isenções, a carga tributária recai em fases anteriores, sobre peças que a compõem, explica Antônio da Luz, economista do Sistema Farsul. Dos tributos que oneram o custo de produção, 53% são estaduais, 41% são federais e 6%, municipais, aponta o estudo.

A carga tributária brasileira é um dos itens que contribui para o custo operacional de produção de soja no Brasil ser quase três vezes maior do que na Argentina e cerca de 40% maior do que nos Estados Unidos.

Fonte: Agrolink. 28 de agosto de 2013.


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