Após desmentir rumores de vendas de ativos, o grupo Marfrig anunciou planos e estratégias para 2018. E um deles, agora, é conquistar os orientais.
Responsável por 65% das vendas do grupo, o mercado internacional é essencial para que o frigorífico recupere o fôlego, cresça e alcance bons resultados para os próximos cinco anos. E para que isso seja possível, a Keystone, umas das empresas do grupo, focará no mercado Chinês e do Oriente Médio.
A maior fornecedora de proteína para a rede de fast-food McDonalds, enxerga, no mercado oriental e asiático, um retorno próspero e com grande possibilidade de crescimento.
Para Frank Ravndal, CEO da companhia desde fevereiro, a Indonésia, por exemplo, é um país que tem muito a agregar à empresa de food service, devido à demografia e indústria do país. "A Indonésia é um mercado chave, que nós devemos focar. Até 2030, a população passará de 40 para 280 milhões, fazendo com que os consumidores tripliquem de 45 milhões para 90 milhões", explicou.
O crescimento acelerado desses países estimula a ideia de expansão geográfica do grupo exatamente pelos possíveis clientes potenciais já que, segundo estimativa do grupo, só o Oriente Médio pode agregar mais de 50 milhões de novos consumidores.
Outro ponto a ser considerado para ampliar e levar as estratégias para o outro lado do mundo, segundo o CEO, é a facilidade oferecida pelo mercado Chinês em relação à exportação e a parceiros em matéria-prima. Dessa forma, de acordo com Ravndal, a empresa focará nos canais de venda e implementarão estruturas regionais para complementar equipes nos locais onde já atuam.
Fast-food - Um dos principais responsáveis pelo faturamento da Keystone, o McDonalds, atualmente, possui 134 pontos de venda de na Indonésia, com expectativa de crescimento anual de 20%. Já no Oriente Médio, a rede de fast-food conta com 458 lojas, e, de acordo com estimativas, é possível que em 2016 o número suba para 787.
Apenas em 2013, o volume de carne e frango usados pelo McDonalds cresceu 28%. "Vários operadores de food service no Oriente Médio são clientes potenciais", diz Ravndal. Fazendo com que o sucesso da rede de fast-food brilhe aos olhos da fornecedora de proteína.
Se as expectativas correrem conforme o planejado, de acordo com Sérgio Rial, futuro presidente do grupo Marfrig, o frigorífico conseguirá fortalecer o patrimônio e garantir boa reputação frente às concorrentes.
Fonte: Exame. 23 de outubro de 2013.
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