As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$8,4 bilhões em outubro, valor 12,6% inferior aos US$9,6 bilhões exportados em igual mês do ano passado e 6,0% abaixo do desempenho registrado em setembro deste ano. Já as importações do agronegócio cresceram 2,5% em relação a setembro e totalizaram US$1,6 bilhão. O superávit comercial da balança do agronegócio ficou em US$6,8 bilhões.
Os dados compilados pela Secretaria de Relações Internacionais (SRI) do Ministério da Agricultura mostram que o complexo carnes liderou as exportações do agronegócio em outubro, com vendas que somaram US$1,57 bilhão. Segundo a SRI, o setor de carnes substituiu a soja como principal produto exportado pelo Brasil em outubro por causa da sazonalidade dos embarques da oleaginosa, "que são maiores no primeiro semestre do ano em relação ao segundo".
As estatísticas relevam que as vendas externas de carnes em outubro recuaram 0,2% em relação a igual mês do ano passado para US$1,6 bilhão. A principal carne em valor exportado e única com elevação em receita foi a carne bovina, com faturamento de US$658,0 milhões (+9,7%). O volume embarcado de carne bovina subiu 14,7% e o preço médio de exportação caiu 4,3%. A receita das vendas de carne de frango recuou 5,4%, para US$631,0 milhões.
De acordo o levantamento, as exportações do complexo soja subiram 6,9% em outubro ante o mesmo mês do ano passado. A elevação ocorreu em virtude, principalmente, do aumento da quantidade embarcada de soja em grão e óleo de soja, pois as exportações de farelo de soja diminuíram 21,0% em valor e os preços médios de exportação da soja em grão e do farelo de soja caíram, informam os técnicos da SRI.
O volume exportado de soja em grão no mês passado cresceu 65,9%, para 1,5 milhão de toneladas. Em virtude da queda de 13,8% nos preços médios, a receita das vendas de soja em grãos cresceu 42,9% em outubro.
O complexo sucroalcooleiro ocupou o terceiro lugar no ranking, mesmo com a queda de 44,6% na receita das exportações. As estatísticas mostram que o volume exportado de açúcar caiu 33,3% e o de etanol recuou 34,0%. Os preços médios de exportação também tiveram queda.
A cotação do açúcar perdeu 17,8% e a do etanol 11,5%. "Dessa forma, a redução das vendas externas do setor foi o principal responsável pela queda nas exportações do agronegócio no mês", relatam os técnicos.
Em relação às importações, o estudo mostra que houve elevação de 2,5% nas aquisições externas. As importações de trigo subiram 23,2% no mês, atingindo US$227,0 milhões (723 mil toneladas). Além da elevação nas importações de trigo, houve aumento nas importações de outros produtos relevantes: pescados (+29,2%; US$136,0 milhões); azeite de oliva (+21,0%; US$51,0 milhões); malte (+17,6%; US$43,0 milhões); e borracha natural (+7,4%; US$61,0 milhões).
Fonte: Estadão. 12 de novembro de 2013.
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