Os contratos futuros de café arábica negociados na bolsa de Nova Iorque subiam quase 6,0% na terça-feira 18/2, atingindo o maior valor em um ano, com operadores e analistas dizendo que é necessário mais chuvas no Brasil, onde os cafezais foram atingidos pela seca e calor intenso.
Chuvas nos últimos dias não teriam sido suficientes para aliviar o estresse hídrico de um verão atipicamente seco.
O contrato maio do arábica era negociado a US$1,48 por libra-peso por volta das 12h15 (horário de Brasília), tendo atingido mais cedo US$1,56, seu nível mais alto desde janeiro de 2013.
"Nós definitivamente tivemos alguns danos irreversíveis. Ainda é muito cedo para ver exatamente quanto, essa é a questão fundamental neste momento", disse Kona Haque, chefe de pesquisa de commodities agrícolas do Macquarie Bank.
Haque disse que as condições de tempo seco em dezembro e janeiro foram sem precedentes, o que torna difícil avaliar os danos em potencial.
"Neste momento, o mercado está, obviamente, negociando clima no Brasil."
O país é o maior produtor e exportador global de café.
Na semana passada, os especuladores passaram a ter posições compradas líquidas de café arábica negociado na bolsa de Nova York (ICE Futures) pela primeira vez em mais de dois anos, com a commodity subindo por conta da seca no Brasil.
Fonte: Reuters. Por Sarah McFarlane. 19 de fevereiro de 2014.
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