A queda na remuneração para o produtor de milho de Mato Grosso do Sul vai reduzir em 800,0 mil toneladas o volume na safrinha do ciclo 2013/2014. A estimativa da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja) é que o volume recorde colhido no ano passado, de 7,8 milhões de toneladas, caia 10,0%.
A redução é uma reação dos produtores ao preço pago pela saca de milho. A cotação no estado gira em torno dos R$19,90, 24,0% menos do que os R$24,62 do mesmo período de 2013. O valor dos contratos futuros - quando o milho é negociado de forma antecipada para ser comercializado em meados de agosto - também não aponta cenário otimista: está na casa dos R$16,50, contra os R$19,00 da safra passada.
A precificação, explica o presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito, reduz os investimentos em variedades de milho, o que diminui a produtividade nesta safra de 83 sacas por hectare para 78.
A área plantada no estado, por outro lado, será mantida: são 1,5 milhão de hectares, a mesma do ciclo anterior. "O produtor não deixou de plantar, apenas comprou sementes com custo menor, para manter o equilíbrio entre os gastos e os custos de produção. A consequência é a queda da produtividade e, com isso, a redução do volume colhido", sintetiza Saito.
Antecipação do plantio - A antecipação da colheita da soja, principalmente nos municípios produtores do Sul do Estado, acelerou o plantio do milho safrinha - 45,0% da área destinada ao cultivo do grão já foi plantada, o equivalente a 707,0 mil hectares da área total. Em fevereiro de 2013, a área colhida era 8,0% menor. Ao mesmo tempo, 56,2% da soja já foi colhida, e soma 1,2 milhão de hectares, do total de 2,2 milhões dedicados ao cultivo.
"Assim que as máquinas retiram a soja do campo, na sequência, as plantadeiras aceleram para lançar o milho safrinha. Este é o período de mais trabalho nas lavouras", conclui Saito.
Fonte: Campo Grande News. 21 de fevereiro de 2014.
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