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Famato estima perdas de R$500,0 milhões com chuva e estradas ruins em MT


Quinta-feira, 6 de março de 2014 - 09h19

As fortes chuvas que atingem quase todas as regiões de Mato Grosso desde o início do ano vêm causando grandes dificuldades na colheita e no escoamento da super safra de soja 2013/2014.

Seis municípios decretaram situação de emergência na região do Araguaia, nova fronteira agrícola do estado. Na região médio-norte, pólo da produção nacional, estradas de acesso às propriedades estão em péssimo estado.

"Nossas preocupações são dentro da porteira e, principalmente, fora dela, pois se continuar nesta situação o custo de produção desta safra irá aumentar", disse o presidente da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso), Rui Prado.

Campeão mundial em produção de soja, o município de Sorriso (400km de Cuiabá) é um dos que mais sofre que a situação. Segundo levantamento da prefeitura, os mais de 2,6 mil quilômetros de estradas não-pavimentadas da cidade estão quase intrafegáveis.

"Cerca de 80 pontes e pontilhões também precisam de reparos diversos, sendo que destas, seis não resistiram às constantes chuvas e ao alto nível dos rios", apontou a federação, em nota.

O prejuízo, de acordo com estimativa do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), já equivale a quase 2,0% da produção total do estado sendo que, em algumas propriedades mais atingidas, o percentual de perdas chegou a 30,0%.

"Estimamos que já perdemos aproximadamente R$500,0 milhões em função das chuvas e das dificuldades para escoar a produção pelas estradas", disse Rui Prado.

Nesta semana, em reunião com o governador Silval Barbosa, representantes do setor produtivo cobraram medidas emergenciais para amenizar os problemas vivenciados no campo. Ouviram que o governo do Estado irá repassar aos municípios atingidos cerca de cinco milhões de litros de óleo diesel para serem empregados nos trabalhos de recuperação das vias de escoamento.

"Com o apoio do governo em disponibilizar óleo diesel e o apoio dos produtores, que estão identificando os locais mais críticos e emergenciais, acredito que vamos conseguir colher a safra", avaliou o presidente.

Fonte: Globo Rural. 28 de fevereiro 2014.


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