O número de vacinação contra a doença da brucelose vem aumentando no país desde a criação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), em 2001. O plano, que foi instituído pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), tem por objetivo diminuir a incidência das epidemias de brucelose e tuberculose.
A medida prioritária do programa é a imunização de fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade, com a dose da vacina obrigatória B-19. Pesquisas científicas indicam que coberturas vacinais acima de 70,0% por longos períodos reduzem significativamente a prevalência de brucelose nos rebanhos.
De acordo com o Departamento de Saúde Animal (DSA), em 2013, o número de fêmeas bovinas vacinadas nesta faixa etária chegou a 16.329.466, ou seja, uma cobertura vacinal de 77,5%. Para o cálculo deste índice foi considerado o número de bezerras de até 12 meses, conforme dados obtidos durante a atualização do cadastro de rebanhos realizado na campanha de vacinação contra febre aftosa em novembro do ano passado.
Segundo a coordenadora geral de Combate às Doenças (CGCD) do MAPA, Denise Euclydes, a participação do produtor e a adoção das práticas sanitárias recomendadas pelo programa reduzirão o número de casos da doença. “Os estados com grandes rebanhos de corte se destacam com altos índices vacinais, como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará e Rio Grande do Sul", acrescenta Euclydes.
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A brucelose bovina é uma das zoonoses mais difundidas no mundo e tem como principal sinal clínico o aborto, com consequente queda na produção de carne e leite. No Brasil, a doença é endêmica e existe heterogeneidade entre as regiões quanto a sua prevalência, variando de 0,06% a 10,2% de fêmeas infectadas. As incidências mais baixas estão nos estados da região Sul.
Fonte: MAPA. Por Yara Marques. 20 de maio de 2014.
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