Representantes dos pecuaristas de Mato Grosso pediram ao ministro Neri Geller na quarta-feira, dia 11/6, a liberação do uso da avermectina de longa duração. Eles foram recebidos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em uma reunião a portas fechadas. Durante o encontro eles sugeriram que, em vez da proibição, sejam estabelecidas regras para o período de carência somente para o gado de corte.
- O produto é usado com segurança em várias categorias de animais. Nós podemos usar nos bezerros, nas vacas paridas, em novilhos de recria e o período de carência de 135 dias tem que ser observado única e exclusivamente antes do abate. Por que tirar do mercado um produto que poderia ser usado em toda vida do animal somente por causa dos animais que vão para o abate? O que nós observamos é que um ou outro produtor que não observa o período de carência, para esse existe um exame no Brasil que comprova se foi feito o período de carência ou não. Esse produtor sim tem que receber as medidas, não a sociedade como um todo - diz o diretor da Associação de Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT), Francisco de Sales.
O grupo volta a se reunir na próxima segunda-feira, dia 16/6, em Brasília, para discutir e formular um documento com sugestões que serão encaminhadas ao ministro Neri Geller.
- Ele sugeriu que nos fizéssemos um grupo de trabalho e pretendemos fazer a sugestão de como deve ser normatizado o uso, porque o problema não está no produto, mas na observação da carência. Então nós vamos elaborar um documento sugerindo de que forma esse medicamento pode ser regulamentado - diz Sales.
Mais cedo, o consultor técnico da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) Ênio Marques havia dito que o ministro justificou durante o encontro que a decisão de suspender o uso de avermectina de longa ação foi tomada para não prejudicar as exportações aos Estados Unidos.
Fonte: Canal Rural. 11 de junho de 2014.
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