O tempo tem contribuído tanto para a colheita do algodão em Mato Grosso e no oeste da Bahia, quanto para a colheita de cana-de-açúcar no Sudeste do Brasil. A moagem também está maior em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o último relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a moagem das lavouras está cerca de 32,0% maior no Centro-Sul, principal região produtora. Por outro lado, a estiagem deste ano trouxe queda de rendimento nos canaviais que estão sendo colhidos.
O tempo continua seco até o fim desta semana. A partir da quinta da semana que vem, dia 24, uma frente fria mais encorpada vai conseguir resgatar a umidade que vem da floresta amazônica e provocar chuvas mais significativas até o fim do mês. Os volumes previstos podem passar dos 100 milímetros acumulados e interromper momentaneamente as atividades de campo. O mesmo vai acontecer no estado de Mato Grosso do Sul, que deve ter a colheita do milho paralisada por conta das chuvas.
Mesmo com o retorno do fenômeno El Niño neste segundo semestre, não há garantia de que as chuvas caiam de forma regular e em bons volumes. Pelo contrário, as precipitações até irão ocorrer nesta segunda quinzena de julho e no mês de agosto - os períodos mais secos do ano, mas as pancadas não serão regulares. Com isso, os níveis de umidade do solo continuarão baixos até, pelo menos, o final de setembro, quando as chuvas voltam a ficar regulares e acima da média.
Desse modo, a perspectiva é que, devido à presença do El Niño, a segunda metade da primavera seja bem mais chuvosa, atrapalhando de forma significativa o término da colheita de cana.
Fonte: Canal Rural. 17 de julho de 2014.
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