Os preços do milho mantêm a trajetória de queda no mercado brasileiro, com expectativa de boa disponibilidade do cereal no mercado interno e externo. Foi o que informou na terça-feira (22/7) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).
De acordo com os pesquisadores, a pressão de oferta levou os preços para níveis abaixo do mínimo oficial em todos os estados do Centro-oeste do país. Entre 14 e 21 de julho, o indicador que serve de referência para o mercado futuro brasileiro, base Campinas (SP), teve redução de 3,6%, fechando a R$23,10 por saca de 60 kg na segunda-feira (21/7). Na parcial do mês (até o dia 21), o recuo é de 8,0%.
No indicador de mercado físico, também com base em Campinas, o preço médio à vista foi de R$22,65 a saca na segunda. A desvalorização é de 3,2% em sete dias.
Em Mato Grosso, o instituto de economia agropecuária do estado registrou elevação nos preços do milho na semana passada, apesar dos valores ainda estarem abaixo do mínimo definido pelo governo. O valor médio foi de R$11,34 a saca de 60 quilos, um aumento de 3,1% justificado pelo cumprimento de contratos de exportação.
A colheita do cereal no estado é calculada em 48,0% da área total. O ritmo é mais lento que o da safra passada, quando, nesta época, mais de 56,0% da área tinha sido colhidos. A oferta atual é calculada em 8,5 milhões de toneladas, 24,0% a menos que no ano passado.
"(A diferença de volume) Era aguardada devido aos preços desanimadores ocorridos em 2013. Apesar disso, inicialmente, a expectativa de preços para 2014 era boa, visto que não era esperada uma redução tão forte de demanda", avaliou o IMEA, em boletim semanal.
Fonte: Globo Rural. 22 de julho de 2014.
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