Os preços do milho no mercado físico brasileiro atingiram o menor patamar em quase quatro anos, segundo o indicador Esalq/BM&FBovespa, acompanhando uma queda nos mercados internacionais em meio a uma ampla oferta doméstica e no exterior.
O indicador, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), caiu 0,48 por cento na terça-feira, para 22,99 reais por saca de 60 kg, menor cotação desde 3 de setembro de 2010.
A medição de preços, feita na região de Campinas (SP), é usada na liquidação dos contratos de milho na bolsa de São Paulo.
A queda no mercado brasileiro acompanha as cotações da bolsa de Chicago, que operam nas mínimas de quatro anos pressionadas por ampla oferta global.
Os Estados Unidos, maior exportador de milho, está a caminho de colher sua segunda safra em patamares recordes, da ordem de 352,00 milhões de toneladas, segundo projeções do governo norte-americano.
Já o Brasil está colhendo a segunda safra de milho da temporada 2013/14, com volumes apenas um pouco abaixo do recorde de 2012/13.
"As condições climáticas têm sido favoráveis ao desenvolvimento e à produtividade das lavouras brasileiras da safra 2013/14. Com isso, estimativas podem indicar novos ajustes positivos", disse o CEPEA, em sua mais recente análise semanal de mercado.
"No mercado externo, o cenário também é de elevada disponibilidade do cereal nos principais países produtores, o que mantêm as cotações domésticas em forte pressão", acrescentou.
Fonte: Reuters. Por Gustavo Bonato. 24 de julho de 2014.
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