O município de Sertãozinho, em São Paulo, já foi destaque na geração de emprego, só que a situação mudou. Por causa da crise nas usinas de cana-de-açúcar, centenas de vagas foram fechadas.
Fábricas paradas, tudo deserto, esse é o cenário em algumas usinas da região de Sertãozinho, no São Paulo, um tradicional pólo na produção de cana-de-açúcar.
Nos últimos quatro anos, 44 usinas fecharam as portas no Brasil, 24 só no estado de São Paulo, sendo cinco na região de Sertãozinho.
São Paulo responde por mais da metade da produção nacional de cana-de-açúcar e o fechamento das usinas é reflexo da crise que o setor enfrenta há pelo menos seis anos. Algumas empresas estão endividadas porque fizeram financiamentos para construção de novas unidades e os atuais preços do açúcar e etanol são considerados baixos pelos donos de usinas.
A economia dos municípios também sofre com uma crise na geração de empregos. Nesta época do ano, as mais de 600 metalúrgicas de Sertãozinho deveriam começar as contratações para o trabalho de manutenção das usinas durante a entressafra da cana, mas este ano, não é isso que está acontecendo. No primeiro semestre, a indústria fechou mais de mil postos de trabalho.
Demitido há quatro meses, o metalúrgico Alexandre Oliveira cumpre um rotina semanal de visitas à Secretaria do Emprego, em Sertãozinho, mas conta que ainda não conseguiu voltar ao mercado de trabalho.
O movimento no comércio também caiu e a queda das vendas também é seguida de demissões.
Fonte: Globo Rural. 18 de agosto de 2014.
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