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Scot Consultoria

Preço da soja dificulta fechamento de contratos de venda da safra no MS


Segunda-feira, 6 de outubro de 2014 - 09h06

Agricultores aguardam um preço melhor para vender a produção. Os agricultores de Mato Grosso do Sul estão com dificuldade para fechar contratos de venda da safra de soja. O preço ofertado não está nada atrativo.

O trabalho das máquinas é sinal de que um novo ciclo está começando no campo. O agricultor Enio Pola começou o manejo na área de 317 hectares, em Campo Grande, onde irá plantar soja. É nesta época que o produtor busca ofertas nos chamados contratos futuros para uma possível venda antecipada da produção.

O agricultor comercializou 15,0% da produção antecipadamente na safra passada. Este ano, a situação é bem diferente. O plantio deve começar nos próximos dias e o produtor não fechou nenhum contrato. A estratégia agora é esperar o início da colheita e melhores preços. "Você fala em R$42,00 a R$45,00. Eu não sei bem exatamente quanto está. Mas o preço é ruim. O mínimo deveria ser R$50,00. Pelo custo de produção da gente, o custo é alto", avalia.

Na fazenda do produtor Amarilso Brusamarello, em Sidrolândia, está tudo pronto para o início do plantio da soja. "Nos outros anos, em torno de 30,0% a 40,0% estava comercializado. Esse ano, nada ainda", diz.

Segundo a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), apenas 5,0% da nova safra foi negociada. Nesse mesmo período do ano passado, a comercialização por meio de contratos futuros chegou a 26,0% da produção.

"A média de setembro deste ano está em torno de R$55,00. Nesse mesmo período do ano passado, a soja foi comercializada a R$65,00. Em setembro de 2012, onde nós tivemos preços bastante atrativos, chegaram a R$81,00 a saca. Então, existe uma expectativa, pelo menos de curto prazo, para esta safra dificilmente nós teremos preços maiores. Mas ainda assim a estratégia do produtor que está plantando agora é aguardar e acompanhar melhor esse mercado", diz Adriana Mascarenhas, gestora técnica da FAMASUL.

Para complicar mais a situação dos agricultores de Mato Grosso do Sul, 12,0% da soja da safra passada permanece estocada nos armazéns.

Fonte: Globo Rural. 2 de outubro de 2014.


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