As exportações de carne suína do Brasil caíram 4,0% em 2014 na comparação com o ano anterior, para 505,70 mil toneladas. Mas as receitas com os embarques subiram 17,0%, com preços mais altos pagos pelo produto nacional, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
As exportações de carne suína do Brasil tiveram faturamento de US$1,60 bilhão em 2014.
Para 2015, a entidade prevê crescimento de quase 3% nos embarques, o que corresponderia a 520,0 mil toneladas, com expectativa de manutenção de volumes vendidos para a Rússia e maiores vendas para a Ásia.
- Para expandir nossos embarques, estamos focando nossos esforços na abertura do mercado da Coreia do Sul. Também há boas perspectivas para abrir os mercados do México e do Canadá e, principalmente, o retorno das vendas para a África do Sul - afirmou em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra.
O objetivo das empresas do setor é reduzir a dependência de exportações para o Leste Europeu. O cenário político nessa região foi determinante para o saldo do setor em 2014, disse o vice-presidente da ABPA, Rui Vargas, referindo-se à desvalorização do rublo, que deixa mais caras as importações pelos russos.
- Esperamos que os níveis se mantenham durante este ano, mesmo com a situação econômica enfrentada hoje pela Rússia - afirmou Vargas.
A Rússia - maior importadora da carne suína brasileira - foi responsável pela compra de 186,50 mil toneladas em 2014, desempenho 38,3% superior ao de 2013. A receita gerada com as vendas para os russos quase dobrou no período, para US$810,50 milhões.
Preços
Separadamente, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) divulgou que os preços no mercado iniciaram o ano em alta, por conta da oferta restrita de animais para abate. Em 2014, a quantidade também estava limitada.
- No segundo semestre, chegou a haver intensificação dos abates, o que reduz ainda mais a oferta neste começo de ano. No mesmo sentido, pesam as típicas vendas de leitões por parte de produtores independentes no fim do ano - disse o CEPEA.
Apesar da interrupção dos abates em dezembro por conta das festas de final de ano, o volume de animais ainda não se recuperou.
Fonte: Reuters. 14 de janeiro de 2015.
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