Os problemas climáticos em diversas regiões do país fizeram com que a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) reduza a estimativa da safra de grãos 2014/15 em 2,18 milhões de toneladas. De acordo com o 5º levantamento divulgado pelo órgão, na quinta-feira (12/2), a produção brasileira será de aproximadamente 200,08 milhões de toneladas. No início do ano, no relatório anterior, a estimativa era atingir 202,18 milhões de toneladas. Mesmo com a redução, o volume estimado é 3,4% maior em relação a temporada passada, o que representa 6,53 milhões de toneladas a mais.
Entre os 15 grãos, o maior peso para o decréscimo veio na soja. Por conta da seca no Sudeste, Centro-Oeste e no Matopiba que irá reduzir a produtividade das lavouras, o país deve colher 94,58 milhões de toneladas de oleaginosa, cerca de 1,30 milhão a menos que o levantamento anterior (95,90 milhões de toneladas). Porém, acréscimo de 8,46 milhões de toneladas em relação a safra 2013/14.
No milho verão, a estimativa é retirar 30,12 milhões de toneladas, enquanto a segunda safra do cereal está projetada em 48,3 milhões de toneladas. As duas, juntas, somam 78,40 milhões de toneladas. Em janeiro, a estimativa era 79,0 milhões de toneladas.
O total de área destinada ao plantio de grãos também deve apresentar variação positiva, passando de 57,03 milhões na safra passada para 57,39 milhões de hectares. A diferença representa uma alta de 0,6%, o que equivale a um acréscimo de aproximadamente 359,90 mil hectares. Dentre os principais produtos, a soja apresenta destaque, com um crescimento de 4,4%, passando de 30,17 para 31,51 milhões de hectares.
Metodologia
A pesquisa da CONAB foi realizada entre os dias 18 e 24 de janeiro. Durante o estudo, foram levantadas informações de área plantada, produção estimada, produtividade média estimada, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, evolução da colheita, entre outras variáveis. O trabalho ocorre em parceria da Conab com agrônomos, técnicos do IBGE, de cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros e revendedores de insumos, que subsidiam os técnicos da estatal com informações pertinentes aos levantamentos.
Fonte: Gazeta do Povo. 12 de fevereiro de 2015.
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