Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Maranhão e Mato Grosso são os estados que estão na condição de emergência fitossanitária para a Helicoverpa armigera. Eles fazem parte do plano de supressão da praga e são orientados a adotar uma série de medidas coordenadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), descritas na portaria 1.109, publicada em 2013 para auxiliar no combate à praga.
Cinco destes estados tiveram a situação de emergência renovada recentemente com o objetivo de dar maior segurança ao agricultor. Uma das decisões traçadas no plano e que traz benefício ao produtor é a autorização emergencial temporária para importação de produtos agrotóxicos que tenham como ingrediente ativo a substância Benzoato de Emamectina para fins de contenção da Helicoverpa armigera.
Ainda nesse sentido, no ano passado, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) publicou o ato nº 60, que estabeleceu prioridades para os registros de agrotóxicos capazes de combater a praga. Outras medidas adotadas pelo MAPA envolvem a liberação inundativa de agentes de controle biológico; o uso de cultivares que restrinjam ou eliminem as populações da praga e o vazio sanitário para deixar a terra sem cultivo com períodos livres de hospedeiros.
Ação
Dentre as medidas que o ministério adotou para o controle da lagarta foi a instituição do Grupo de Gerenciamento Situacional da Emergência Fitossanitária, com o objetivo de identificar, propor e articular a implementação de ações emergenciais, ágeis e eficazes para contenção da praga, a fim de assegurar o completo restabelecimento da normalidade produtiva.
Na cartilha "Como combater a Helicoverpa armigera", o ministério detalha orientações para o agricultor. No texto, aconselha-se, por exemplo, a adoção de manejo integrado de pragas emergencial: "Integração de diferentes tecnologias de controle, mediante identificação das pragas mais importantes, monitoramento, estudo de fatores climáticos, avaliação do desenvolvimento das plantas e danos observados", diz o documento.
Também recomenda-se efetuar a semeadura das culturas do milho, soja e algodão no menor espaço de tempo possível para obter uma janela de semeadura menor. Esse tipo de ação reduz o período de disponibilidade de alimento para a praga.
A Helicoverpa armigera, identificada em 2012 no Brasil, é uma praga polífaga que causa danos a diferentes culturas de importância econômica, como o algodão, sorgo, milho, tomate, soja e as frutíferas. e foi identificada em 2012 no Brasil. Na safra 2012/2013 de grãos e fibras cultivados no oeste da Bahia, as perdas econômicas, derivadas da ação da praga, foram estimadas em 2 bilhões de reais.
Fonte: Globo Rural. Por Raphael Salomão. 18 de fevereiro de 2015.
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