O Conselho Nacional do Café (CNC) estima que a safra de café do Brasil em 2015 deve atingir um volume entre 40,30 milhões e 43,25 milhões de sacas de 60 kg, o que significa uma quebra de 4,6% a 11,1% na comparação com as 45,34 milhões de sacas colhidas em 2014. Os números fazem parte do levantamento de campo contratado pela entidade junto à Fundação Procafé. Em nota, o CNC atribui a queda ao clima ao longo de 2014 até o início de fevereiro de 2015, ao ciclo produtivo das plantas de arábica, que estão em ano de bienalidade negativa, e à redução dos tratos culturais por parte dos produtores.
Do total estimado 30,00 milhões a 32,15 milhões de sacas se referem à variedade arábica - recuo de 0,5% a 7,1% na comparação com as 32,31 milhões de sacas de 2014. A produção brasileira de café conilon (robusta) foi prevista em 10,30 milhões a 11,10 milhões de sacas, o que implicaria em uma queda de 14,9% a 21,0% em relação as 13,04 milhões de sacas cultivadas no ano passado. O estado de Minas Gerais deve ter uma produção estável, conforme o CNC, com uma produção de 21,50 a 22,95 milhões de sacas (-5,0% a +1,3%). O desempenho previsto se deve à recuperação das plantações na Zona da Mata Mineira.
Já o Espírito Santo, estado que foi impactado pelo clima, deve ter um recuo na produção de 15,7% a 21,9% e colher entre 10,0 milhões e 10,80 milhões de sacas. São Paulo e Bahia também apresentarão perdas, com estimativa de 3,70 milhões a 3,90 milhões e de 1,90 milhão a 2,10 milhões de sacas, respectivamente - queda de 15,0% a 19,4% e de 11,4% a 19,9%. "O Paraná é a exceção. O estado produzirá entre 1,00 milhão e 1,10 milhão de sacas de café, registrando substancial crescimento de 78,9% a 96,8% na comparação com 2014. Esse fato se justifica porque a produção paranaense do ano passado foi severamente afetada pela geada de 2013", diz o CNC no comunicado.
Fonte: Estadão Conteúdo. 13 de março de 2015.
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